A importância da imunização
Você sabe o que são vacinas?
As vacinas são substâncias que têm como função estimular nosso corpo a produzir respostas imunológicas, nos protegendo contra determinadas doenças. Elas podem ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral (boca). Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização – SBIM.
Para que servem as vacinas?
De acordo com o Ministério da Saúde (MS) e Centers for Disease Control and Prevention (CDC), as vacinas servem para estimular o organismo a produzir anticorpos que combatem os agressores (antígenos).
Quando um antígeno (agressor) entra em contato com o organismo pela primeira vez, ele é incapaz de produzir anticorpos em uma velocidade maior do que o desenvolvimento da doença, por não o conhecer. Por isso, o paciente pode ir a óbito antes que o sistema imunológico dê alguma resposta, afirma o CDC.
Entretanto, quando o organismo é invado pelo mesmo antígeno uma segunda vez, ele reconhece o agressor, e pode combatê-lo com mais rapidez. Isso se chama imunidade. Ou seja, o organismo fica imune àquele agente, diz o CDC.
A vacina serve para que o primeiro contato com o antígeno, ou seja, o agente agressor, seja de uma forma controlada, com o antígeno desativado ou enfraquecido, confirma o MS.
Por que se vacinar?
De acordo com a MS, a vacina é capaz de proteger nosso organismo e proporcionar benefícios como:
● Redução dos números de casos de doenças infecciosas na comunidade, uma vez que a transmissão é diminuída;
● Diminuição do número de hospitalizações;
● Redução de gastos com medicamentos;
● Redução da mortalidade;
● Erradicação de doenças.
A viabilidade econômica da vacinação é também indiscutível. Os custos públicos de um programa de vacinação são amplamente suplantados pelos benefícios decorrentes da redução da mortalidade e da melhoria da qualidade de vida da população. Alguns estudos mostram que o valor investido no desenvolvimento, produção e administração das vacinas pediátricas por cada ano de vida salva pelo conjunto das vacinas mais econômicas é, no geral, inferior a poucas dezenas de euros, afirma o CDC.
Vacinas são seguras e eficazes
O desenvolvimento de uma vacina segue altos padrões de exigência e qualidade em todas as suas fases, incluindo a pesquisa inicial, os testes em animais e humanos sob rigoroso protocolo de procedimentos éticos, até o processo de avaliação de resultados pelas agências reguladoras governamentais, garante a SBIM.
No Brasil, o órgão responsável pela avaliação dos resultados de segurança e eficácia de uma vacina e seu registro é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por sua vez, a Anvisa, por meio da Resolução (RDC) n. 55, estabelece os requisitos mínimos para o registro de produtos biológicos, entre eles as vacinas. As fases de desenvolvimento exigidas por essa RDC são:
- Fase exploratória ou laboratorial: esta é a fase inicial do processo, restrita aos laboratórios. Nela, são avaliadas centenas de moléculas para se definir a melhor composição da vacina.
- Fase pré-clínica ou não clínica: nesta etapa, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em experimentações in vitro.
- Fase clínica: esta fase é realizada em pessoas ou pacientes voluntários e dividida em quatro momentos: no primeiro, é realizada avaliação do produto e tem como objetivo analisar sua segurança e se induz alguma resposta imunológica; no segundo momento, o objetivo é avaliar a eficácia e obter informações mais detalhadas sobre a segurança; no terceiro, objetivo é avaliar a eficácia e a segurança no público-alvo, ou seja, aquele ao qual se destina a vacina; e, por último, após a aprovação pela Anvisa, o laboratório obtém o registro que o autoriza a produzir e distribuir a vacina em todo o território nacional. Atesta a SBIM.
Esse acompanhamento também é realizado pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinação (EAPV) do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O principal objetivo é quantificar e qualificar os eventos adversos para não haver dúvidas de que os riscos de complicações graves causadas pelas vacinas são nulos ou muito menores que os oferecidos pelas doenças, afirma o MS.
Vacinas certas para cada fase
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação, que inclui orientação para crianças, adolescentes, adultos e idosos. Porém, é importante frisar que além das vacinas disponíveis na rede pública, existem as vacinas complementares, na rede privada. Os calendários da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) complementam o PNI, trazendo algumas vacinas ainda não disponíveis na rede pública, mais completas e com foco na saúde individual. Explica o MS.
Principais vacinas para crianças e jovens
Idade | Vacina |
Ao nascer | – BCG Dose única – Hepatite B |
2 meses | – Pentavalente 1.ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2.ª dose) – Poliomielite 1.ª dose (VIP) – Pneumocócica conjugada 1.ª dose – Rotavírus 1.ª dose |
3 meses | – Meningocócica C conjugada 1.ª dose |
4 meses | – Pentavalente 2.ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2.ª dose) – Poliomielite 2.ª dose (VIP) – Pneumocócica conjugada 2.ª dose – Rotavírus 2.ª dose |
5 meses | – Meningocócica C conjugada 2.ª dose |
6 meses | – Pentavalente 3.ª dose (Tetravalente + Hepatite B 3.ª dose) – Poliomielite 3.ª dose (VIP) – Influenza (1 ou 2 doses anuais) |
9 meses | – Febre Amarela (dose única) – Influenza (1 ou 2 doses anuais) |
12 meses | – Pneumocócica conjugada reforço – Meningocócica C conjugada reforço – Tríplice Viral 1.ª dose – Influenza (1 ou 2 doses anuais) |
15 meses | – DTP 1.º reforço (incluída na pentavalente) – Poliomielite 1º reforço (VOP) – Hepatite A (1 dose de 15 meses até 5 anos) – Tetra viral (Tríplice Viral 2.ª dose + Varicela) – Influenza (1 ou 2 doses anuais) |
4 anos | – DTP 2.º reforço (incluída na pentavalente) – Poliomielite 2º reforço (VOP) – Varicela (1 dose) – Influenza (1 ou 2 doses anuais) |
9 – 14 anos | – HPV 2 doses – Meningocócica C (reforço ou dose única) |
Disponível em: https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/a-importancia-da-vacinacao
Adultos e idosos devem atentos quanto a imunização, realizando reforços sempre que necessário. Orienta o MS.
De acordo com a OMS, as principais vacinas para adultos são:
- Hepatite B: 3 doses, dependendo da situação vacinal do paciente
- Febre Amarela: dose única para quem não tiver sido vacinado, ou não possuir comprovante de vacinação
- Tríplice Viral: 2 doses até os 29 anos, ou 1 dose para aqueles maiores de 30 anos. A idade máxima para a vacinação é de 49 anos
- DT (Tétano e Difiteria): deve ser realizado reforço da vacina a cada 10 anos
- dTpa: vacina para gestantes, a partir da 20.ª semana, que não foram vacinadas anteriormente.
Consulte seu médico para a necessidade de vacinas não disponíveis pelo SUS, como a meningite meningocócica A, C, W e Y, cólera, entre outras. Orienta o CDC.
Portanto, é indiscutível a importância da vacinação, pois está diretamente ligada a melhora da qualidade de vida e o aumento da expectativa de vida dos seres humanos. Afirma o CDC.
Graças a aplicação de vacinas, doenças como a varíola, rubéola, poliomielite e sarampo haviam sido erradicadas. A varíola, em escala mundial! No entanto, em função de grupos contrários à vacinação, o Brasil notificou, em 2018 e 2019, o retorno do sarampo, que resultou em mortes, incluindo bebês. Divulgou o MS.
Para evitar que outras doenças letais voltem a circular, é necessário reforçar a vacinação: acompanhe o calendário de vacinas do Ministério da Saúde e mantenha sua carteirinha em dia. Orienta o MS.
Cuide sempre da sua saúde!
Fonte – Sociedade Brasileira de Imunização – SBIM. Acessado em 11 de Maio de 2020.Disponível em https://familia.sbim.org.br/seguranca
– Brasil Escola. Acessado em 11 de Maio de 2020. Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-vacinacao.htm
– Sociedade Brasileira de Imunização – SBIM. Acessado em 11 de Maio de 2020. Disponível em https://familia.sbim.org.br/vacinas/perguntas-e-respostas/8-o-que-sao-vacinas-e-como-agem-no-organismo Ministério da Saúde e Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – . Acessado em 11 de Maio de 2020. https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/a-importancia-da-vacinacao